domingo, 30 de setembro de 2012

O sonho do homem borboleta


Houve uma vez um homem que sonhava voar, assim como pássaros e insetos. Ele parava para observar como parecia gostoso voar. Voando, voando lenta e suavemente, os pássaros faziam graças.
"Se eu pudesse, voaria até as nuvens", disse ele.
Era tímido. Só tinha uma amiga íntima: sua mãe. Podia contar segredos, contar tudo. Se precisasse, era só ligar.
Certo dia, começou a sofrer mudanças corporais. Ficou amarelo, caíram-lhe os cabelos, cresceram-lhe duas antes na cabeça, nasceram duas asas alaranjadas e, por último, diminuiu de tamanho até ficar com apenas cinco centímetros.
Ele conseguiu finalmente voar sobre as nuvens. Pairou sobre uma, mas acabou entrando nela. Como é feita de gelo, o homem que virou borboleta ficou congelada. O peso do gelo fez com que caísse desde lá do alto até o chão. Ao atingir o solo, desfez-se em mais de um milhão de pedacinhos. Desfez-se também seus sonhos.

Ítor Roberto / 6º Ano C - Semifinalista do Concurso A mão no texto.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A mulher na nuvem

Era uma vez, uma mulher que vivia em uma nuvem. E lá embaixo, morava sua família, que sofria muito com a perda dela.
Todas as noites, a mulher passava nas camas dos familiares dando um beijo em cada um deles. Em uma dessas noites, seu filho de dez anos percebeu a presença da mãe no quarto e saiu correndo para fechar a janela por onde ela tinha entrado. A partir dessa noite, a mulher passou a dormir debaixo da cama.
Logo, o menino foi contar aos familiares que ela estava lá em seu quarto, mas ninguém acreditou nele. Todos riram do pobre menino e o chamaram de louco.
Sua mãe não gostou nada de ver seu filho sendo chamado de maluco. Ela começou a assombrar aqueles que não acreditavam nele. com o tempo, todos os moradores da casa foram embora com a má presença da mulher.
A casa ficou somente para o menino e sua mãe.
Não satisfeita, a mãe teve uma ideia para fazer seu filho morar com ela na nuvem. Fechou todas as portas e janelas da casa, foi até a cozinha quando seu filho não estava em casa e ligou o gás, que se espalhou rapidamente por toda a casa.
Ao voltar da escolar, o menino acendeu a luz. As fagulhas produzidas pela eletricidade entraram em contato com o gás e tudo foi pelos ares. Os dois, mãe e filho, foram morar na nuvem. E lá, viveram felizes para sempre.

Thiago Carvalho, 7º ano C (semifinalista do Concurso "A mão no texto")